AMARRAS
Quando se amarra a voz do pensamento
Quando fica algemada a liberdade
Silenciam-se arautos da verdade
Fica-se sem vontade, sem alento
A revolta em silêncios nos invade
Quando a razão incita ao chamamento
Quando nos amesquinham o talento
Ou quando as mãos se crispam numa grade
Por entre os dedos nasce a força bruta
Essa vontade imensa de ir à luta
D’ enfrentar os ataques dos algozes
Derrubando paredes e muralhas
Correndo com a corja de canalhas
Fazendo ouvir enfim as nossas vozes
José Manuel Cabrita Neves
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