terça-feira, 16 de agosto de 2016

A SEARA HUMANA

Nas searas de trigo verdejante,
Há sempre pés de joio, erva danada!
Que por ser parasita é arrancada,
Para que o trigo cresça radiante!

Também na humanidade imaculada,
Por mais que isso nos doa e nos espante,
Existe aqui e além um ser errante
Maléfico mordendo p’la calada!

Embora essa maldade, atroz, se esconda,
Como no trigo deve usar-se a monda,
Arrancando-se o mal pela raiz!

Assim se limparia a seara humana,
Que feliz viveria em paz e ufana,
Livre de parasitas imbecis!...
                                              
José Manuel Cabrita Neves

Carnaxide, 15-08-2016                                       


Nenhum comentário:

Postar um comentário