quarta-feira, 28 de setembro de 2016

REMORSO

Foi num daqueles dias aziagos,
Que uma tristeza infinda m’invadiu,
Ao lembrar de um amigo que partiu,
Deixando corações vazios, vagos…

A mente entrou em franco desvario!
Os olhos eram já como dois lagos,
Enquanto me mimavam com afagos,
No coração plangente e doentio!

Par’cia adivinhar coisa ruim,
Tal era a escuridão que havia em mim,
Habitado por vozes do além!...


Era o remorso vivo a atormentar
A minha consciência, o meu penar,
Por ter de te perder te querendo bem...

José Manuel Cabrita Neves    

Imagem: Cão de água

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