ÁRVORE
Enquanto o vento sopra e me
desnuda,
Nas tardes outonais e noites
frias,
Nua, sem as frondosas
ramarias,
Ali fico sem graça queda e
muda!
Erguendo aos céus, as minhas
mãos esguias,
Suplico à natureza que me
acuda,
E logo o inverno traz chuva miúda,
Misturada de fortes ventanias!
Chegada a primavera,
sorridente,
Me veste de verdura novamente,
Que faz a sombra amiga de
quem passa…
Seria então feliz chegado o
verão,
Se não houvesse alguém sem
coração,
Que ao ver-me ali a arder se
satisfaça!...
José Manuel Cabrita Neves
20/09/2016
Nenhum comentário:
Postar um comentário